Nascido na cidade de Odense (atual território da Dinamarca), teve sua infância marcada pela pobreza e pela recorrente evasão escolar. Mãe lavadeira, pai sapateiro e ainda uma irmãzinha: a família vivia e dormia num único quarto, com muitas dificuldades.
Por outro lado, tinha um pai amoroso que, apesar de analfabeto, lhe fomentou a imaginação e a criatividade. Dentre as histórias que contava, o pai apresentou-lhe obras como "As Mil e Uma Noites" e o presenteou com um teatrinho de marionetes. Hans apresentava no seu teatro peças clássicas, tendo chegado a memorizar muitas peças de Shakespeare, que encenava com seus brinquedos rudimentares feitos à mão por ele e por seu pai.
Em 1816, seu pai morreu e ele, com apenas onze anos de idade, foi obrigado a abandonar a escola e forçado a se sustentar. Trabalhou como aprendiz de tecelão e, mais tarde, para um alfaiate.
Aos quatorze anos, mudou-se para Copenhague para procurar emprego como ator. Tendo uma excelente voz de soprano, foi aceito no Teatro Real da Dinamarca, mas com o avançar da puberdade, sua voz logo mudou. Um colega do teatro disse-lhe que o considerava um poeta. Levando a sério a sugestão, começou a focar-se na literatura.
Mais tarde, já adulto, teve a sua educação financiada por um amigo, no tempo que trabalhou no teatro (ator, bailarino e escritor de peças).
Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de Contos, livros com histórias infantis traduzidos para diversos idiomas. Ele continuou escrevendo seus contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias.
No final de 1872, Andersen ficou gravemente ferido ao cair da sua própria cama, e permaneceu com a saúde abalada até 4 de agosto de 1875, quando faleceu aos 70 anos.
Para o canal das Histórias Viajantes gravamos uma versão de sua biografia num formato de fácil compreensão para as crianças:
Sobre sua obra:
Andersen lia muito. Adaptou coisas que aprendeu no folclore e dava a elas o seu toque pessoal. E apesar de ter escrito diversos romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos de fadas que o tornaram famoso. Especialmente pelo fato de que, até então, eram muito raros livros voltados especificamente para crianças.
Segundo estudiosos, ele foi a "primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças".
Com seus contos ele apontava os confrontos entre poderosos e desprotegidos, fortes e fracos, exploradores e explorados. Também pretendia demonstrar a ideia de que todos os homens deveriam ter direitos iguais. Ao mesmo tempo que romântico, de uma poesia rebuscada, tinha um olhar atento e crítico, que questionava a sociedade.
Seus textos são carregados de compaixão, carinho, mas ao mesmo tempo mostra a crueldade, a vida como ela é. E nos ajuda a ter consciência do que é próprio de ser humano. Seus personagens transitam entre dificuldades e elementos mágicos. E muitos dos contos não possuem final feliz...
Um de seus contos mais conhecidos - O Patinho Feio - confunde-se com a própria história do autor, marcada pelo bullying e pelas dificuldades.
Confiram o vídeo que preparamos baseado na versão original do autor:
Desde 1956, é concedido
o Hans Christian Andersen Award - um prêmio literário batizado em homenagem ao
autor, e que é considerado o "Prêmio Nobel da literatura infanto-juvenil".
Suas histórias mais famosas:
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A Pequena Sereia
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A Roupa Nova do Rei
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A Princesa e a Ervilha
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A Pequena Vendedora de Fósforos
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A Polegarzinha
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A Rainha da Neve
·
A Pastora e o Limpa-chaminés
· O Patinho Feio
· Os Sapatos Vermelhos
· O Pequeno Cláudio e o Grande
Cláudio
· O Soldadinho de Chumbo
Muito bom! Parabéns!
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